Último painel do 4º Congresso Aberje Rio: rumos da Comunicação Empresarial

Qual o perfil do profissional de comunicação empresarial do qual o mercado precisa?

Para Paulo Nassar, Diretor-geral da Aberje e Prof.Dr. da ECA-USP, os comunicadores de hoje estão discutindo temas transversais, como segurança, biodiversidade, marcos regulatórios, especificidades culturais, ou seja, o profissionais devem ter um perfil multidisciplinar para atuar em um mercado muito mais complexo, com muitas variáveis e que, cada vez mais, exige  uma visão estratégica do comunicador. Além disso, as empresas, principalmente com a proliferação das redes sociais, têm o desafio de lidar com a alteridade, ou melhor, com várias subjetividades produzindo conteúdo sobre as organizações. E qual o papel do comunicador frente a essa realidade?

Nassar aponta que a área comunicacional está indo (ou deve ir), cada vez mais, para a área de inteligência, e o profissional deve ser capaz de definir qual informação é estratégica para a organização, analisá-la e organizá-la de forma afetiva para compartilhar com os stakeholders. Ele acredita que é necessário “liberar” a comunicação, quer dizer a comunicação tem de sair da lógica da produtividade (house organs, veículos vários) e focar na subjetividade, no diálogo, na criatividade. Mais do que produzir, a comunicação tem de sentir, gerar emoção e envolvimento. É uma nova lógica: a do afeto.

A pergunta que fica: as organizações estão preparadas? E os profissionais de comunicação?

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